De Príapo, o deus fálico greco-romano ao "diabo" do sincretismo judaico-cristão
Os africanos ao chegar ao Brasil com o contato com os colonizadores sofreram fortes pressões etnocêntricas européias e o culto do orixá Exú dos Iorubás recebe um duplo sentido.
Os altares e representações materiais influenciados pela cultura greco-romana do deus fálico Príapo é mais ainda acrescida com a criação do deus do mal pelos católicos baseado em cultura judáica-cristã.
Com isso, Exú (Orixá-vodum) e o Diabo tornaram praticamente as mesmas pessoas os colonizadores.
Para Verger, 1999, Exu tem um caráter violento, irascível, astucioso, grosseiro e vaidoso. Sendo assim os missionários o assimilaram ao diabo e fizeram de Exu tudo que é representado a maldade, a perversidade, a objeção e ao ódio em oposição a bondade e pureza de Deus. (p.119).
Orixá Exu - Característico sentado com os braços sobre os joelhos |
Bastide, 1978, já afirmava que depois de todo esse processo de comparações atribuídas desde a colonização, Exú jamais se livraria dessa dupla representação sendo condenado a ser o orixá mais incompreendido e caluniado de todo o panteão afro-brasileiro. Exú a divindade caluniada. (Bastide, 1978, 175).
Com o catolicismo, Exú herda os atributos pecaminosos do sexo, da luxúria, da danação e da fornicação.
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